segunda-feira, 1 de junho de 2009

Discutindo com psicólogo evolutivo que é contra psicologia evangélica.

Comentário postado contra texto disponível no seguinte endereço:

http://catatau.blogsome.com/2009/05/22/gays-evangelicos-e-psicologia/

"Primeiramente porque, para ela, a homossexualidade é um transtorno, ou mesmo, uma disfunção. Trocando em miúdos: a discussão já parte de um pré-conceito, de um juízo prévio, a partir do qual tudo o que se segue deve simplesmente se amoldar. Um debate de psicologia evolutiva digno de ser chamado de "debate" não põe de saída em sua pauta de discussões a sexualidade sob os moldes de um caráter disfuncional ou doentio"

O argumento serve contra si mesmo, pois você também optou pelo debate do ponto de vista da "psicologia evolutiva". Não tratar homossexualidade como anomalia equivale a fazer uma escolha da mesma forma que tratar. Sendo escolha reside no campo da liberdade. Se eu escolher - tendo a meu lado o fato ontológico da complementaridade homem-mulher - nunca ver a homossexualidade como coisa normal, terei eu um transtorno psicológico?

"Uma discussão religiosa da sexualidade se dá em outro nível, isto é, dentro de um debate religioso."
Os dois planos operam numa mesma dimensão: a da Verdade. Ou por acaso se pode conceber ciência sem verdade? Ou pode-se ter fé sem acreditar que os conteúdos da fé não são verdadeiros? Se creio que Jesus nasceu de uma virgem - e eu creio - eu realmente acredito nisso e não finjo que acredito. Se não acho que a realidade é mais do que vemos, não posso ser católico.
Quando você vai colocar que debate determinado tem que atender a requisitos, você está pedindo que nós assumemos os pressupostos que o Dr. Freud assumiu e que os senhores corroboram, exatamente como faria uma hierarquia religiosa. Infelizmente eu já tenho religião e devo dispensar os argumentos do texto como quem dispensa "A Sentinela" revistinha das Testemunhas de Jeová...
Em tempo: se a "Psicologia evolutiva" parte do pressuposto que o surgimento da vida é obra da matéria inorgânica em uma série de processos aleátorios, é preciso que saibam que há contestações mais sérias sobre esse fato - em si mesmo estatisticamente impossível (e não improvável, como alguns pensam).
Enfim, tudo que se faz com uma ação dessas é interromper um debate que, se tem suas imperfeições, nunca se resolverá, pois um dos lados se assumiu como chefe de uma ortodoxia que se pretende científica quando o assunto - a alma humana e seus desvãos - são muito mais mistério que claridade.

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